quinta-feira, 3 de maio de 2018

Vacinação contra H1N1 é retomada

As doses de vacina contra a gripe H1N1 acabaram na quin­ta-feira da semana passada na maioria dos municípios do Esta­do de Goiás, mas com a libera­ção de mais 155 mil doses pelo Ministério da Saúde, a vacinação foi retomada a partir de ontem. O próximo grupo de risco a entrar no calendário de vacinação é o de professores. Em todo o Estado existem cerca de 75 mil professo­res, ou seja, há doses para vacinar toda a categoria e também outros da faixa de risco que ainda não va­cinaram nas datas estabelecidas. Ao todo, serão distribuídas 650 mil doses da vacina em Goiás contra o vírus da Gripe H1N1.

A orientação é que todos dos grupos de risco procurem os postos e façam a vacinação. A maior parte deste lote de va­cinas será distribuído na capital, mas todos os municípios que es­tão em falta também serão abas­tecidos. De acordo com a asses­soria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, até o final da campanha, Goiás deve rece­ber mais doses da vacina que vai contemplar todos os grupos de risco. Serão distribuídas 650 mil doses em todo Estado.

São considerados grupos prio­ritários para vacinação pelo Minis­tério da Saúde contra o vírus H1N1 crianças de 6 meses a 5 anos, ges­tantes, puérperas até 45 dias após o parto, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas, trabalhadores da saúde, professores, portadoras de doenças crônicas não transmissí­veis, funcionários do sistema pri­sional, adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos que cumprem medi­da socioeducativa ou estão presos.

CASOS CONFIRMADOS E MORTES

Dados divulgados pela Se­cretaria estadual de Saúde regis­traram até agora 28 mortes con­firmadas de pessoas que foram contaminadas com o vírus H1N1. As mortes ocorreram em 13 mu­nicípios de Goiás, a maioria em Goiânia. Além das mortes por H1N1, a Secretaria Estadual de Saúde registrou uma morte por H3N2, outra variação do vírus da Influenza A. Em 2016, 90 pessoas foram a óbito após contaminação pelo vírus H1N1 em todo o Esta­do. A campanha em Goiás se es­tenderá até 1º de junho.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Idosa morre logo após tomar vacina contra H1N1

A idosa Maria da Conceição Macedo Silva, de 69 anos, morreu na manhã desta quarta-feira, 18, minutos após tomar a vacina contra H1N1, no Centro de Vacinação Municipal, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.
De acordo com as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestaram socorro à mulher, ela sofreu um a parada cardiorrespiratória. A idosa passou mal e desmaiou na calçada logo após ser imunizada.
Em entrevista à TV Anhanguera, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim explicou que a morte não apresenta relação com a imunização, uma vez que o quadro não é compatível com as reações adversas que podem ser causadas pela vacina.
Até o momento, tudo leva a crer que a mulher sofreu um infarto fulminante. O corpo dela foi levado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para que a causa da morte seja investigada e definida.
Através de nota, A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que ainda é “prematura” relacionar a morte com a vacina e destacou que as vacinas são “seguras e bem toleradas”.
O órgão pontua que mais de 100 mil doses já foram administradas desde o começo da campanha e que não houve nenhuma notificação de caso de adversidade grave após a imunização.
Familiares da idosa contaram que a mulher era hipertensa e que não tinha tomado a medicação para o controle da doença nesta manhã.

domingo, 15 de abril de 2018

Saiba mais sobre as vacinas contra a gripe disponíveis no Brasil

A influenza, comumente conhecida como gripe, figura entre as viroses mais frequentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população seja infectada anualmente por algum tipo de vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentem risco elevado para complicações relacionadas à doença. Entre elas, 385 milhões de idosos acima de 65 anos, 140 milhões de crianças e 700 milhões de pessoas com doenças crônicas.

Causada por mais de um tipo de vírus, classificados como A e B, a influenza tem diversos subtipos. Os subtipos A que mais frequentemente infectam humanos são H1N1 e H3N2, ambos com casos já notificados este ano no Brasil. Os subtipos B, por sua vez, são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata. As informações são da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) que publicou uma série de perguntas e respostas sobre os diferentes tipos vacina utilizadas no país.

Confira abaixo os principais trechos da nota técnica divulgada pela entidade:

Como funcionam as vacinas contra a influenza usadas no Brasil?
As vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (feitas com vírus morto), portanto, sem a capacidade de causar doenças. Até 2014, estavam disponíveis no país apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria). As novas vacinas quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma segunda cepa B, contendo em sua composição, as duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente terão uma nova cepa A/H3N2 (Singapore), que substituirá a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior.

Qual vacina será utilizada na campanha deste ano feita pelo Ministério da Saúde?
Em 2018, a vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da Saúde será a trivalente, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B linhagem Victoria.

Este ano, teremos então vacinas tri e quadrivalentes disponíveis no país?
Sim, por alguns anos, deveremos conviver com as duas vacinas. Como ocorreu no passado em que, de acordo com a epidemiologia, vacinas monovalentes foram substituídas por bivalentes que, por sua vez, foram substituídas por trivalentes. A tendência para os próximos anos é a produção apenas de vacinas quadrivalentes.

As vacinas influenza podem ser utilizadas na gestação?
Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação, pelo maior risco de desenvolverem complicações e pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo contra a doença nos primeiros meses de vida.

Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina?
Sim, esses pacientes podem receber a vacina influenza. Alergias a ovo, mesmo graves como a anafilaxia, não são mais contraindicação nem precaução.

Quais as reações adversas esperadas após a aplicação da vacina?
Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina.
Reações anafiláticas são extremamente raras. Em caso de sintomas não esperados (febre muito alta, reação exagerada, irritabilidade extrema, sinais de dor abdominal, recusa alimentar e sangue nas fezes, entre outros), é recomendado procurar imediatamente o médico ou serviço de emergência para atendimento e para que sejam descartadas outras causas.

Crianças que receberam duas doses da vacina em anos anteriores deverão receber duas doses da quadrivalente este ano?
Não é necessário. A regra geral, tanto para as vacinas quadrivalentes quanto para as trivalentes, é que crianças que receberam duas doses na primeira vacinação recebam, nos anos seguintes, somente uma dose.

As vacinas influenza podem ser aplicadas simultaneamente com outras vacinas?
As vacinas trivalente e quadrivalente contra a influenza podem ser aplicadas simultaneamente com as demais vacinas do calendário da criança, do adolescente, do adulto ou do idoso.

Pessoas imunodeprimidas podem tomar as vacinas contra influenza?
Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, sem restrições de uso em populações imunocomprometidas, que têm indicação de vacinação especialmente reforçada.

A entidade tem alguma recomendação com relação às vacinas?
A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves da doença.

Orientações sobre vacinação contra a febre amarela

Quatro entidades médicas divulgaram uma nota técnica para esclarecer alguns pontos sobre a vacinação contra a febre amarela. O objetivo é dar segurança aos médicos e outros profissionais da saúde envolvidos na orientação da população brasileira para aumentar a adesão à vacinação contra a febre amarela.
Os documentos são assinados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A nota técnica inclui um protocolo inédito para orientar os profissionais que atuam na triagem sobre quem pode ou não ser vacinado.
O guia contém perguntas sobre o uso de medicamentos, presença de determinadas enfermidades e histórico de alergia grave ao ovo ou a algum dos componentes da vacina. Entre os grupos que não devem ser vacinados estão crianças menores de 6 meses de idade, pacientes com reação de hipersensibilidade grave a algum componente da vacina, pacientes em uso de medicamentos biológicos em geral, pacientes em uso de medicamentos imunossupressores e pessoas com história de doença do timo.
Já para os chamados grupos de precaução, a recomendação da vacina de febre amarela precisa ser analisada previamente pelo médico ou profissional da saúde. “Isto acontece naquelas situações em que a contraindicação não deve ser generalizada para todos, mas merece cuidado na avaliação dos riscos (possibilidade de se infectar versus possibilidade de evento adverso grave e os benefícios para seu paciente quando o risco de se infectar é maior que o risco de evento adverso grave)”, informa o documento.
São considerados grupos de precaução: pessoa com doenças imunossupressoras ou em tratamento com medicamentos imunossupressores, gestantes, pessoas maiores de 60 anos de idade, mulheres amamentando lactentes com menos de 6 meses de idade, pessoas que vivem com HIV/Aids e pessoas com doenças autoimunes, como lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil confirmou 1.127 casos e 331 óbitos entre 1º julho de 2017 a 10 de abril deste ano. Os estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo estão com a cobertura abaixo da meta, que é de 95%, e 10 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar contra febre amarela.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Atenção galera do Futebol, quem gosta de ir no estádio é bom vacinar contra a gripe H1N1

O Governo alerta que em locais de concentração de muitas pessoas como os estádios de futebol, o risco de contágio da terrível gripe H1N1 é potencializado.

No México, os estádios foram fechados ao público em cumprimento das medidas oficiais para prevenir o contágio. A federação mexicana de futebol analisa a possibilidade de permitir até 60% da capacidade de cada estádio.

O secretário (ministro) de Saúde do México, José Ángel Córdova, considerou hoje pouco provável abrir os estádios ao público para a disputa da última rodada do Torneio Clausura do Campeonato Mexicano, para evitar a gripe suína.



Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

“É preciso analisar diferentes casos. Ainda não podemos abrir os estádios ao público este fim de semana”, comentou Córdova.

A epidemia de gripe no México deixou até agora 42 mortos e 1.070 contágios, de acordo com números oficiais do Governo.

Mas o secretário de Saúde disse que uma hipotética abertura dos estádios deveria considerar as normas sanitárias para espaços públicos como teatros e cinemas, que permitem quatro pessoas para cada dez metros quadrados.

No Brasil

A infectologista Rosana Ritchmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, alerta:

O vírus da gripe pode ser transmitido em ambientes aglomerados, como os estádios de futebol, por meio de espirros e também objetos contaminados, e sobrevive até 24 horas no ambiente. Além disso, há a possibilidade de o turista trazer consigo novas cepas, que podem se disseminar entre a população não vacinada.

A médica acrescenta que até dentro do avião é comum contrair gripe. Um estudo realizado com 54 passageiros de um voo da Nova Zelândia mostrou de 72% das pessoas que estavam na aeronave desenvolveram a síndrome gripal.

Para o professor José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a melhor forma de afastar o risco de gripe é tomar a vacina.

— O vírus da gripe não tem preconceito, atinge todas as idades e classes sociais. Embora o governo contemple apenas o grupo de risco, a vacina é indicada para todas as idades a partir de seis meses.

H1N1 em crianças

As crianças que estão doentes com a gripe H1N1 devem ser mantidas em casa, especialmente se tiverem sintomas de gripe, como febre alta, vômitos ou diarréia. Eles também devem ficar longe de outras crianças. Enquanto a maioria dos especialistas sugere que a atenção médica deve ser procurada se uma criança ficar doente, eles também não recomendam levar as crianças com sintomas de gripe ao departamento de emergência. Em emergências, uma criança que não tem a gripe H1N1 pode obtê-la e, se tiver, pode espalhá-la para outras pessoas. Portanto, em vez de correr para a sala de emergência, você precisa ligar para o médico.

Vacina em crianças

As vacinas são substâncias capazes de estimular o sistema imunológico, a fim de tornar o organismo imune, ou mais resistente, a alguns agentes patológicos. Seu efeito se faz pela presença de proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidos no organismo de um animal estimulam a síntese de anticorpos. Além das substâncias imunogênicas, as vacinas podem conter outras, como líquido de suspensão, conservantes, estabilizantes e adjuvantes, com funções de evitar a contaminação, proteger os imunobiológicos de condições adversas (frio, calor, alterações do pH) ou aumentar o estímulo à produção de anticorpos.
Foto: Evgeny Atamanenko / Shutterstock.com
Foto: Evgeny Atamanenko / Shutterstock.com
O calendário vacinal é uma seqüência cronológica de vacinas que se administram sistematicamente às crianças de determinada área ou região.
No calendário vacinal proposto pelo Ministério da Saúde incluem as seguintes vacinas:
  • BCG: vacina contra a tuberculose.
  • VHB: vacina contra a hepatite B.
  • SABIN: vacina contra a poliomielite.
  • DPT-Hib: vacina contra difteria, coqueluche, tétano e H. influenzae tipo b.
  • FA: vacina contra febre amarela
  • DPT: vacina contra difteria, coqueluche e tétano
  • Tríplice Viral: vacina contra sarampo, caxumba e rubéola.
  • ROTA: vacina oral contra rotavírus.
  • dT: vacina dupla, tipo adulto, contra a difteria e o tétano.
Cada vacina possui uma idade mínima para ser iniciada, e os intervalos entre as doses devem ser respeitados para que a vacinação seja mais efetiva. Para isso o Ministério da saúde elaborou um esquema de vacinação, que é utilizado por todo o sistema de saúde brasileiro.
IdadeVacina
Ao nascerBCG + VHB
1 mêsVHB
2 mesesDPT-Hib + SABIN + ROTA
4 mesesDPT-Hib + SABIN + ROTA
6 mesesDPT-Hib + SABIN + VHB
9 mesesFA
12 mesesTríplice Viral
15 mesesDPT + SABIN
4 – 6 anosDPT + Tríplice Viral
10 – 11 anosdT + FA

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda outras vacinas que não estão incluídas no calendário vacinal, são elas:
  • influenza para crianças com idade entre 6 e 24 meses;
  • pneumococo para crianças com idade entre 2 e 60 meses;
  • varicela
  • hepatite A para crianças com mais de um ano de idade.
A principal contra-indicação ao uso de uma vacina é o antecedente positivo de reação alérgica. Nesta situação, que se caracteriza pela ocorrência de edema, urticária, bronco espasmo ou choque, imediatamente ou nas primeiras horas após a vacinação, pode haver risco de morte em caso de nova vacinação.
Essa situação é extremamente rara (menos de 1 caso para 100.000 doses). Alem disso a vacinação é contra-indicada em pacientes com imunodeficiência, como portadores de câncer, submetidos a transplante de medula, infectados pelo HIV ou submetidos a tratamento com radioterapia e quimioterapia.
Em alguns casos é recomendável o adiamento da vacinação, como na presença de doença aguda com comprometimento do estado geral ou em recém-nascidos com menos de 2 kg.
A criança deve fazer acompanhamento médico mensal no primeiro ano de vida, e todas as informações sobre a vacinação e sua importância serão passadas pelo médico.

Alerta: 10 milhões ainda precisam se vacinar contra Febre Amarela

O Brasil confirmou 1.127 casos e 331 óbitos no período de 1º julho de 2017 a 10 de abril deste ano. Os estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo estão com a cobertura abaixo da meta
O Ministério da Saúde reforça a importância da população procurar os postos de vacinação nas novas áreas de risco de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. De acordo com o boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira (11), que traz as informações enviadas pelos gestores locais os três estados ainda estão com a cobertura bem abaixo da meta, que é 95%. A cobertura da campanha em curso no Rio de Janeiro está com 40,9%, a Bahia está com 55% e São Paulo com 52,4% da população-alvo vacinada. A vacina está disponível nos postos de saúde. O período de alta da doença segue até maio. Ao todo, a campanha nesses estados busca imunizar 23,8 milhões de pessoas. 
Os dados referem-se às 77 cidades que fizeram parte da campanha com estratégia de fracionamento e a ampliação para mais 52 municípios de São Paulo. Esses municípios devem continuar vacinando a população com a dose fracionada, que garante a mesma proteção da dose padrão, e ampliar a cobertura vacinal para prevenir novos casos da febre amarela no país.
Como a vacinação continua sendo ferramenta mais importante para prevenir surgimento de casos no próximo verão, todo o território brasileiro será área de recomendação para vacinação contra a febre amarela. A ampliação foi anunciada pelo Ministério da Saúde em março deste ano. Será feita de forma gradual e concluída até abril de 2019. A medida é preventiva e tem como objetivo antecipar a proteção contra a doença para toda população, em caso de um aumento na área de circulação do vírus. Atualmente, alguns estados do Nordeste e parte do Sul e Sudeste não fazem parte das áreas de recomendação de vacina.

CASOS

Desde o dia 1º de julho de 2017 até 10 de abril, o Ministério da Saúde registrou 1.127 casos confirmados de febre amarela. No total, foram 5.052 casos notificados, sendo 2.806 já descartados e 1.119 continuam em investigação. No ano passado, considerando o mesmo período de monitoramento (julho/2016 a 10 de abril/2017) eram 712 casos e 228 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.
A vacina é a única proteção contra a doença. O Ministério da Saúde chama a população para se proteger contra a febre amarela indo aos postos de vacinação e garantir a sua imunização.
Embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 35,6 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina. Na sazonalidade passada, por exemplo, o surto atingiu uma população de 11,2 milhões de pessoas.
Isso explica a incidência da doença neste período ser menor que no período passado. A incidência da doença no período de monitoramento 2017/2018, até 10 de abril, é de 3,0 casos para 100 mil/habitantes. Já na sazonalidade passada, 2016/2017, a incidência foi de 6,2/100 mil habitantes, no mesmo período.